segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

35 ANOS SEM CHARLIE CHAPLIN

Foi em um dia de Natal de 1977, que o cinema se entriscecia com a morte de um de seus maiores gênios: Charlie Chaplin. Charles Spencer Chaplin, nasceu no final da penúltima década do século XIX, em 16 de Abril de 1889 no bairro de East Streel em Londres, capital inglesa. Teve uma difícil infãncia, criado só por sua mãe Hannah, depois que seu pai alcoolátra a abandonou, deixando-a para cuidar não só dele mas também de seu meio-irmão Sidney. Hannah ficou responsável pelo cuidado dos dois até o momento em que começou a demosntrar os seus primeiros sinais de demência. Foi seu irmão Sidney o responsável por financiar sua carreira artistica, o apresentando para um importante empresário teatral de comédia que o levaria para a então terra dos sonhos: a América. Foi na América que não demoraria muito para ele descobrir o cinema, que ainda estava engatinhando. Começou atuando nos Estúdios da Keystone, sob a direção de Marck Sennett(1880-1960), então famoso "Rei das Comédias". Sennett dirigia filmes num estilo de comédia pastelão, foi nesse interim criou o seu famoso personagem Carlitos ou também chamado Vagabundo, cuja primeira aparição foi no filme Corridas de Automóveis para Meninos(1914). Depois da Keystone, Chaplin passaria por outros estúdios, até formar uma ousada parceria com Mary Pickford(1872-1976), a queridinha da América, o galã Douglas Fairbanks(1883-1939) e o polêmico diretor D.W.Griffith(1875-1948). Formando a Companhia United Artisits em 1919. Uma das principais marcas registradas dos filmes de Chaplin é a sua maneira versátil, de fazer um tipo de comédia sátira com tons teatrais e um pouco de elementos circenses utilizando-se sempre das performances corporais, e também um pouco do elemento burlescos e isso em pleno auge do cinema mudo. Fez uma série de filmes de sucesssos, na década de 1930, mesmo alguns estúdios adotando a técnica do aúdio falado, ele resisitu a essa idéia até o fim. Os pesados tons criticos com que adotava em seus filmes como o desemprego dos americanos Pós-Queda da Bolsa de Nova York em 1929, como foi abordado em Tempos Modernos(1936), onde retratou o aumento do desemprego, também satirizando a politica americana sobre a entrada dos imigrantes. A relação paternal e O Garoto(1921), e também aproveitou do momento em que vivenciou a Segunda Guerra Mundial para fazer O Grande Ditador(1940). Uma sátira a Adolf Hitler e a politica do nazismo na Alemanha, com o nome de Adenoid Hynkel, na antológica cena dele brincando com o globo como se fosse uma bolinha de plástico. Cena que vez por outra é bastante reproduzida como foi numa abertura da novela global O Dono do Mundo(1991).
Seus posicionamentos criticos lhe geraram muitos problemas com censores, ao ponto de ser alvo de constante investigação do FBI por provaveis práticas comunistas e na década de 1950 com a onda do marcathismo, adotando a politica de caça as bruxas dentro do solo americano, o que lhe gerou o exilio na Suíça. E foi na cidade de Corsier-sur-Vervey, que Chaplin passou até os seus últimos anos de vida vivendo pacatamente. Antes de morrer receberia muitas homenagens como por exemplo: da Ordem da Cavalaria Britãnica e com uma homenagem na edição do Oscar de 1972, que marcou sua primeira e última vez que ele voltava a pisar em solo americano depois de passados 20 anos que foi expulso de vez pela política marcathista. Sobre esse fato Chaplin descreveu: "(...) Desde o fim da última guerra mundial, eu tenho sido alvo de mentiras e propagandas por poderosos grupos reacionários que, por sua influência e com a ajuda da imprensa marrom, criaram um ambiente doentio no qual indivíduos de mente liberal possam ser apontados e perseguidos. Nestas condições, acho que é praticamente impossível continuar meu trabalho do ramo do cinema e, portanto, me desfiz de minha residência nos Estados Unidos". Em constraste, a sua maneira perfomática como criava a alegria de muitas platéias, a sua vida amorosa estava longe de ser alegre. Casou diversas vezes, primeiro com Mildred Harris depois com Lita Grey, Paulette Goddard até terminar com Oona O´Neal tendo um monte de filhos com cada uma. Fora os rápidos relacionamentos amorosos conturbados. Tirando essas imperfeições pessoais, Charlie Chaplin um legado único para a sétima arte onde não há como negar que supera tudo isso. A forma alegre como ele transmitia a sua critica social em todo o conjunto o tornava assim perfeito, não só como ator, mas também como diretor, roteirista e até compositor musical, como "Smile" por exemplo que de todas as canções é a que mais simboliza sua alegria e o tornava também completo. Apesar de sua vida pessoal como já descrito anteriormente tenha sido imperfeita. Em 1992, a sua trajetória foi retratada no filme bigráfico intitulado Chaplin, sob a direção de Richard Attenborough e com Robert Downey Jr. como protagonista.
Na Filmográfia de Chaplin inclui os primeiros que ele estrelou na Keystone, depois passou para a Essanay, depois para a Mutual até chegar a United Artists que o consagrou com os mais diferentes títulos e outro filmes não-oficiais. Frases: "Muito embora seu coração esteja doendo, sorria. " "Se você estivesse levando a sério as minhas brincadeiras de dizer verdades, voce teria ouvido muitas verdades que insisto em dizer brincando. Muitas vezes falei como um palhaço, mas nunca desacreditei na seriedade da plateia que sorria. " "Não creio em nada e de nada descreio. O que concebe a imaginação aproxima-nos tanto da verdade como o que pode provar a matemática. " "O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo. Isso é - ou deveria ser - a mais elevada forma de arte. " "Um dia sem rir é um dia desperdiçado." "Perca com classe, vença com ousadia, por que o mundo pertence a que se atreve."

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